sábado, 31 de julho de 2010

TURRÃO OU PERSEVERANTE?

Pode ser também senso de justiça. Quem julga é você.

Certa vez entrei numa agência do Unibanco, que se dizia 30 horas mas, definitivamente, não dispunha de segurança para prestar os serviços que anunciava. Era sábado à tarde, nenhum funcionário presente, a máquina do Banco "roubou" meu cartão e o telefone estava quebrado. Resultado: houve uma fraude de R$6.200,00 na minha conta, o Banco não assumiu o prejuízo, cortou meu cheque especial, me fez assinar uma confissão de dívida para não levar meu nome ao Serasa, depois levou, fiquei sem crédito, sem cheque, sem nada.

Estou contando assim depressa porque me ensinaram que os textos devem ser pequenos na internet. Mas essa brincadeira durou anos e, de apelação em apelação, os advogados do Banco foram atrasando o meu. Certo dia surgiu a possibilidade de um acordo. Fui lá. O cara fez uma proposta indecente, confiando que eu não ia aguentar a espera. Respondi seco e grosso:
__ Daqui a 10 anos ainda estarei vivo.

Não chegou a tanto. Nove anos e alguns meses depois recebi na justiça por volta de 125 mil reais. Cobrando juros dos seus clientes nos cheques especiais, o Banco possivelmente ganhou até mais, em cima do meu dinheiro perdido inicialmente. Mas, para mim, foi uma vitória. Pelo valor que recebi e pelo gostinho de saber que aquele gigante me assinou um cheque.

2 comentários:

  1. Não sei se a informação foi omitida ou realmente não ocorreu, nesses casos em que cartão fica preso na máquina, telefone não funciona, chama-se a PM e efetua-se o famoso B.O., com um policial presente servindo de testemunha do fato, no primeiro dia util após o acontecido vá até a agencia cujo fato aconteceu de posse de possivel do BO, e solicita as imagens do caixa eletronico. assim como ir até o caixa e solicita a certidão da movimentação do ultimo mes. Assim os tramites legais são mais rapidos.

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  2. Você está descrevendo uma situação ideal, nos dias de hoje. Não havia telefone funcionando, nem câmera. Havia uma tarja magnética que registrava quem passava pela porta da agência. Mas não me deram esse relatório. Talvez não estivesse funcionando também.
    Mas o importante não são os detalhes. O importante é que o prestador de serviços tem a obrigação de oferecer segurança para prestá-los. Só por isso ganhei a ação.

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