segunda-feira, 12 de julho de 2010

QUEM NÃO FAZ LÊ NO JORNAL (OU NA VEJA)

Meu lema é o seguinte: se amanhã eu tiver uma boa idéia, ou o que parecer uma boa idéia, vou levar adiante e vou lutar por ela até prova em contrário. Inúmeras ocorrências em minha vida me autorizam a agir assim.

Vejamos uma delas: em 1980 eu li na revista Playboy que vinha aí um cometa chamado Halley, passaria em 1986 e sua cauda cobriria dois terços do céu. Fiquei encantado com a marca, corri para registrá-la no Brasil e nos Estados Unidos, juntei todas as minhas economias, pedi um dinheiro emprestado ao meu sogro e, dois anos depois, já tinha criado um grupo de personagens inspirados no cometa, tinha feito os registros mais importantes no INPI, enfim, tinha reunido o suficiente para interessar um sócio e investidor e continuar o negócio.

Foi quando, numa reunião na Rede Globo, para acertar detalhes do contrato que havíamos combinado sobre o evento, encontrei um amigo que me disse:
__ Eu tive essa idéia antes de você. Meu avô ficou maravilhado com o cometa quando era pequeno e não parava de me contar como foi. Eu procurei um advogado, mas ele disse que custaria muito trabalho e dinheiro, que não valia a pena registrar a marca. Depois, fiquei p da vida quando vi a sua reportagem na Veja: “Golpe de Mestre”, essa doeu no fígado.

Dores de cotovelo à parte, que é amigo, amigo é: na Novela Roque Santeiro, colocaram um cometa nas vestes do Beato Salu, o personagem Astromar procurava um cometa armado de uma grande luneta na praça principal da cidade e o Paulo Gracindo batizou um garoto com o nome Halley. Tudo arquitetado por ele.

PS: mas cuidado para não correr atrás de idéias que surgiram em período de euforia. Essas não são confiáveis.

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