quarta-feira, 30 de junho de 2010

PERGUNTAS QUE SEMPRE FAZEM (2)

__ O seu diagnóstico como portador de transtorno bipolar ocorreu em uma época em que a doença era pouco conhecida. Após saber do distúrbio você passou a entender melhor algumas de suas atitudes e sentimentos?

Infelizmente, não. Eu tinha vinte e poucos anos e morava em Gov. Valadares. Meu médico morava e me tratava em Belo Horizonte. E não me disse o que eu tinha imediatamente. Para todos os efeitos, eu estava me tratando para curar uma depressão séria. Não me lembro exatamente quando foi que ele usou a expressão “psicótico maníaco depressivo”. Bipolar foi um termo que eu ouvi muito tempo depois. De qualquer maneira, eu não sabia interpretar atitudes e sentimentos como hoje. Eu só sabia que estava deprimido, ou alguém me falava que eu estava eufórico. A euforia é mais difícil de perceber. A gente fica achando que é o máximo, não pode admitir que esteja doente.

Um comentário:

  1. Me parece que a depressão está presente em muitos transtornos psiquiátricos, e muitas vezes é o estopim para buscarmos ajuda, por conta própria ou por meio de parentes.

    Deixo aqui minhas postagens sobre bipolaridade:

    http://mente-hiperativa.blogspot.com/search/label/Bipolaridade

    Há também marcadores de depressão, TOC, TDAH, Loucos...

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