domingo, 8 de agosto de 2010

A BUROCRACIA ME IRRITA BASTANTE

Eu tenho horror a burocracia. Tenho mais horror ainda quando desconfiam da minha honestidade de propósitos e passam a me criar dificuldades. E sacaneio, literalmente, as informações desses formulários imbecis sempre que posso. Dois casos rápidos:

1. Eu tinha 16 anos de FGTS. Como nunca tinha sido demitido e não havia comprado casa própria, o fundo estava lá, intacto. Mas eu tinha aberto empresa para explorar o marketing do cometa Halley, o que me dava o direito de sacar o fundo de garantia para capitalizar o investimento. Depois de várias visitas à repartição, filas entediantes, exigências continuadas, documentos e formulários um atrás do outro, me apareceu um servidor para duvidar que a minha empresa existisse. O transtorno apareceu de imediato: aprontei uma gritaria dos diabos, dei soco em cima do balcão, abriu-se uma porta para desvendar o "chefe", continuei gritanto, resolvi o problema. Interessante: já li nas páginas amarelas de Veja que para conseguir a paz é preciso forçar a guerra.

2. Ainda não era tempo desses crachás eletrônicos de hoje em dia, fotografias e tudo mais. A gente ia visitar os escritórios da Supervia, no Rio de Janeiro, e encontrava uma pobre coitada na roleta de entrada de uma plataforma da antiga Central do Brasil com um formulário e uma prancheta na mão:
- seu nome / endereço / telefone / RG / CPF / nome da empresa / etc. / etc. - demorava uma eternidade preencher aquelas linhas todas. A mesma coisa que nos hotéis hoje em dia. O formulário é enorme mas, quando conferem, é só o RG. Estão interessados mesmo é no cartão de crédito. Então, eu brinco: de vez em quanto resolvo morar num lugar diferente, mudo de telefone, escrevo um número qualquer de CPF, só pra ver se alguém reclama. E na internet, já reparou? "O formulário não pode ser enviado. Favor preencher o campo x". Experimente colocar nonono no campo x. Se o sistema não estiver preparado para checar, passa. A julgar pelo tempo que eu faço isso, acho que os burocratas só querem mesmo encher o nosso saco.

Para mim, a moral dessas histórias é a seguinte:
a)- não deveriam pedir informações que não são relevantes;
b)- deveriam partir do princípio de que cidadãos são confiáveis, e não o contrário.

3 comentários:

  1. Durante minhas aulas práticas de enfermagem eu aprendi algumas coisas relevantes que trago sempre comigo uma delas é a " consciência de lavar as mãos após cada procedimento mesmo quando não tem ninguém te vendo ou avaliando."Talvez informações que a gente ache irrelevante pode não ser, e isso não passa pelo prima da confiança.

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  2. Desculpe, Lilian. Nada a ver uma coisa com a outra. Não confundo burocracia com procedimentos de saúde.

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  3. Me desculpe, mas como bipolar mista que sou, mal entrei no seu blog e me deparo com os comentários sem conteúdo e nada implícitos da Lílian. Uma filósofa falando nada com nada? Tenha dó!!!! Mais uma vez me desculpe Marcelo, vc sabe que ligar o botão do ódio de um Bipolar é foda!! Se não tem o que dizer fique calada ou tome mais estabilizador de humor, ou então o cérebro ferrou-se e extinguiu- se a sinapse. Isso me faz lembrar o bordão "cala a boca Magda"!!!!

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