quinta-feira, 30 de setembro de 2010

A BUROCRACIA SUBVERTE A MORAL

Bipolar ou não, eu penso que falta um pouco de indignação à população brasileira. São tantas as coisas que nos prejudicam, que nos incomodam, e quase sempre a nossa reação é de não reagir. Com isso, o que está errado continua errado. Vejamos 2 exemplos:

1. A lei do Ficha Limpa listou 322 candidatos envolvidos em falcatruas. Presume-se que a Lei esteja refletindo o senso comum, aquilo que a sociedade pede para ficar melhor, para ser melhor. Então, 4 juízes do Supremo Tribunal Federal, a corte mais alta do país, votam contra a sua aplicação. Qual será o senso de justiça desses juízes?

2. Agora uma situação bem mais cotidiana. Aluguei um novo imóvel e o contrato é avalizado por uma pessoa amiga. Para que o contrato tenha valor, todas as firmas devem ser reconhecidas, ou seja, não existe confiança pública em nenhum de nós. Quer pior? A Corregedoria do Rio de Janeiro baixou uma instrução que exige que o avalista vá pessoalmente ao cartório onde já tem firma registrada para assinar o contrato na presença do tabelião. É quando, definitivamente, a burocracia subverte a moral. Para o funcionário do cartório não importa se o locador espera aquela assinatura com firma reconhecida para poder registrar o contrato, não importa se o caminhão de mudanças já está contratado, não importa se o locatário precisa das chaves do imóvel, nem mesmo se o avalista está viajando. TEM QUE VIR AQUI PESSOALMENTE! Em outras palavras: o papel é mais importante do que a necessidade humana.

Você concorda?

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