sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

FALANDO SOBRE FELICIDADE (5)

Acho que ninguém tem dúvidas de que o amor é fundamental para se atingir a felicidade, mas não dá para racionalizar o amor. Tem que sentir. É mais ou menos como a fé em Deus, que infelizmente não tenho porque não cheguei ao sentimento. Mas como já senti o amor, desse eu posso falar, pelo menos um pouco.

E chega o dia em que você conhece alguém, tem sorriso, tem simpatia, empatia, pele, tesão – tá tudo certo. A felicidade está ali, naqueles momentos. Dali pra frente, os problemas serão os desejos. Desejos de manter o encantamento, desejos de que não haja perda, desejos para mais, até transbordar, desejos de que a perfeição não se desfaça... Mas perfeição não existe, certo?

Para que a felicidade dure, os dois têm que ceder. Nada de querer moldar o outro, aparar seus possíveis defeitos, elevar suas potencialidades de uma hora pra outra, modificar de repente o ser. Na vida em comum, ceder é a norma. Ceder por respeito à individualidade do outro, ceder para agradar, para não entrar em conflitos desnecessários, para viver bem Se os dois cedem, pode ser até que consigam, pela força do amor, aquilo que desejavam impor antes.

Pensa que acabou, que está tudo resolvido? Infelizmente, não. Vivemos em sociedade. Então, está na hora de sair da cama e encarar o exterior. Estudos, trabalho, família, contas a pagar etc. etc. etc. Tem semanas que os afazeres são tantos que chegam a esfriar o amor. Mas este pode sobreviver a tudo se houver o firme propósito de seguir em frente. É o que eu chamo de construção.

2 comentários:

  1. Dizem por aí, que o amor é o encontro de duas pessoas felizes. Não concordo muito com essa expressão. Concordo com você Marcelo, acho que felicidade é a busca por momentos felizes, sozinho ou a dois.
    Abraço.

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  2. Com certeza é a busca. Essas coisas não nascem em árvore.

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