domingo, 26 de dezembro de 2010

FALANDO SOBRE FELICIDADE (1)

Nunca tinha me aventurado a falar sobre isso antes. Foi quando um colega provocou o assunto dizendo o que ele sentia (www.bloggerbipolar.blogspot.com) e eu resolvi também dar as minhas opiniões, mesmo não sendo especialista no assunto.

A primeira coisa que me vem à cabeça é a seguinte: a felicidade não pode ser dissociada do tempo. A mulher entra na igreja vestida de noiva. Costuma ser um momento de radiante felicidade, sonhos e mais sonhos sendo realizados ali, naquele momento. Mas é óbvio que não é para sempre. O casamento pode ser duradouro, a vida em comum pode ser construtiva, o nascimento dos filhos traz outras ocasiões de grande felicidade, mas o que vai se encontrar de pedras pelo caminho é uma grandeza!

Momentos de tristeza e preocupações se sobrepõem aos momentos felizes e vice-versa. Então, o que diferencia uma pessoa feliz de uma infeliz? Imagino que seja a capacidade de enfrentar os problemas sem deixar que eles tomem conta da sua vida. Manter o bom humor, apesar dos pesares. Manter os bons propósitos, aquela firmeza de caráter que nos impulsiona para frente na convicção de que o ruim poderá ser superado e de que o bom é para ser curtido e dividido.

Vou voltar a esse “dividido”. Acho que é muito importante.

2 comentários:

  1. Marcelo...concordo plenamente!
    No post referido não coloquei minha definição pessoal sobre felicidade.
    Pra mim esse modelo tão buscado de felicidade não existe. Por isso tanto sofrimento, tanta frustração. Não sei exatamente se faz parte da doença, mas sou muito cético em relação a humanidade em geral. Tenho em mim o ceticismo dos existencialistas, como sarte por exemplo; e ao memso tempo entendo toda visão epicurista da busca e do sentido do prazer. Será sintoma de um bipolar? Sinceramente acho que não.
    Acho que toda poesia dos românticos, como uma Florbela Espanca da vida, toda genialidade de um Machado de Assis, hoje seria interrompida em uma sala fria de um empresarial médico, com receitas de rivotril com neozine.
    Gosto muito de considerar a cultura oriental. Para eles a felicidade está nos pequenos gestos, nos pequenos instantes.
    Acho assim, que felicidade plena não existe; mas sim momentos felizes, que devemos sempre cultivar, regar, alimentar e exercitar.
    1 forte abraço.

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  2. Meu caro amigo,
    Acho que todos esses aspectos que você abordou fazem parte da nossa existência, não são exclusivas da bipolaridade. Só não sei se receitariam rivotril com neozine para Machado de Assis. Só os médicos podem dizer.
    Porém, com certeza receitariam algum remédio para o Cazuza, por exemplo, que levou os seus desejos e a sua inquietação ao extremo, inviabilizando, se não a felicidade, pelo menos a tranquilidade.

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