Cuidado, minha amiga. Entusiasmo não deve ser confundido com ilusionismo. Diz a sabedoria dos antigos que o navegador, ao primeiro sinal de tormenta no horizonte, se for otimista procura não se preocupar, não acredita que a tempestade chegará até ele. Se for pessimista julga-se automaticamente perdido, impacienta-se, não consegue antever, muito menos arquitetar uma boa solução.
Por sua vez, o realista ajusta as velas. Ele simplesmente procura enxergar a realidade como ela se apresenta, não como gostaria que ela fosse, ou como poderiam fazer supor os maus sinais. Cuidadosamente se prepara, apesar de saber que os ventos poderão mudar e que o pior poderá não acontecer. Mas, se acontecer, ele sabe que o mastro é resistente, que as velas estão bem arrumadas e que ele, sem sobressaltos, é perfeitamente capaz de superar as dificuldades, até encontrar novamente o mar calmo, ou um porto seguro.
Você pode estar certa, dinheiro não nasce em árvore, felicidade não cai do céu assim, gratuitamente. O realista sabe que as coisas se resolvem através da ação prática, não apenas através dos sonhos, rezas, desejos ou intenções. É verdade que o pensamento precede a ação, a vontade precede as atitudes. Mas o realista sabe que o querer pede clareza. Conseguir o que se quer significa planejar e executar as ações necessárias para chegar até lá, inclusive avaliar bem direitinho de onde poderão vir as ajudas necessárias.
Acho curioso essa denominação de "realista", são tantas realidades, cada uma com suas pecurialidades...
ResponderExcluirO realismo não existe, cada um interpreta os fatos conforme suas conveniências. Cada um com seu realismo.
Abraço
Filosoficamente, os significados variam conforme o observador. Na prática, porém, realidades existem e precisam ser enfrentadas. O texto se refere a uma possível tempestade em alto mar. E a uma postura a ser adotada frente a essa possibilidade. Como você disse, cada um interpreta como quer. Mas há uma interpretação que é mais segura que as outras.
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