terça-feira, 26 de abril de 2011

O REALISTA AJUSTA AS VELAS

Cuidado, minha amiga. Entusiasmo não deve ser confundido com ilusionismo. Diz a sabedoria dos antigos que o navegador, ao primeiro sinal de tormenta no horizonte, se for otimista procura não se preocupar, não acredita que a tempestade chegará até ele. Se for pessimista julga-se automaticamente perdido, impacienta-se, não consegue antever, muito menos arquitetar uma boa solução.

Por sua vez, o realista ajusta as velas. Ele simplesmente procura enxergar a realidade como ela se apresenta, não como gostaria que ela fosse, ou como poderiam fazer supor os maus sinais. Cuidadosamente se prepara, apesar de saber que os ventos poderão mudar e que o pior poderá não acontecer. Mas, se acontecer, ele sabe que o mastro é resistente, que as velas estão bem arrumadas e que ele, sem sobressaltos, é perfeitamente capaz de superar as dificuldades, até encontrar novamente o mar calmo, ou um porto seguro.

Você pode estar certa, dinheiro não nasce em árvore, felicidade não cai do céu assim, gratuitamente. O realista sabe que as coisas se resolvem através da ação prática, não apenas através dos sonhos, rezas, desejos ou intenções. É verdade que o pensamento precede a ação, a vontade precede as atitudes. Mas o realista sabe que o querer pede clareza. Conseguir o que se quer significa planejar e executar as ações necessárias para chegar até lá, inclusive avaliar bem direitinho de onde poderão vir as ajudas necessárias.

quinta-feira, 21 de abril de 2011

BULLYING. SERÁ QUE NÃO ESTÃO EXAGERANDO?

Resolvi falar desse tal de bullying que, para mim, chega a ser incompreensível em muitos aspectos. Que me expliquem, por favor, os psicólogos. O Globo de 18/4/2011 traz uma pesquisa dizendo que 40,4% dos alunos matriculados até a oitava série nas escolas do Rio dizem ter sido vítimas de buylling. Por exemplo:
- apelidos que magoam – 42,7%
- deboche coletivo – 18,8%
- ofensas pessoais – 13,7%
- humilhações públicas – 9,9%
- mensagens agressivas na internet – 1,2%
E, após tudo isso, a agressões físicas (13,4%) e outros (0,3%).

Eu não posso falar das escolas de hoje porque não as conheço. Mas posso dizer como era no meu tempo. Antes de mais nada, ninguém me levava pra escola. Eu ia a pé, de bonde ou de ônibus. Aprendi a me orientar sozinho.

Também não tinha celular para ficar esclarecendo minhas próprias dúvidas a cada minuto, nem para ficar dando satisfações: estou aqui, estou ali, faço isso, faço aquilo. E sempre que eu fazia algo errado em casa, meus pais me batiam. Quando os colegas me batiam na escola, eu batia de volta. Não era nenhuma novidade pra mim.

Me deram também um apelido que eu não gostava: Caubi. Caubi é um cantor supostamente homossexual. E eu não queria ser comparado com ele. O apelido surgiu porque eu gostava mais de ficar no meio das meninas do que no meio de meninos. A técnica: não responder ao apelido. Passou. E agora, que jogue a primeira pedra quem nunca foi xingado ou humilhado. Por que não xinga de volta?

Francamente, queridos pais, limitem o uso do celular nas mãos dos seus filhos, essa verdadeira muleta que inibe o pensamento e a tomada de decisões próprias, deixem eles andarem sozinhos na rua e se virarem. A cidade é violenta, eu sei, mas é a que nós temos. E, mais cedo ou mais tarde, vão nos assaltar, vão roubar nossos carros, vão nos oferecer propinas, vão pedir propinas – é melhor que a gente seja auto didata nisso também: “sobrevivência na selva urbana”.

Eu realmente não posso levar a sério um neto que chega em casa chorando porque um colega debochou dele. Só posso me preocupar pelo fato de que ele ainda não desenvolveu auto estima, ousadia, auto confiança, iniciativa, energia. Isso sim, eu posso tentar melhorar. Ir à escola para resolver um problema que é dele, jamais.

Agora vem a parte mais difícil: agressões físicas. Estamos falando de crianças ou adolescentes do mesmo tamanho? Bate de volta. Sem medo. É um grande batendo no pequeno? No meu tempo a gente apanhava uma pedra e tascava no sujeito. Eu sempre fui meio desajeitado, jamais acertei pra valer. Mas tinha amigos que tiraram sangue da testa de muitos valentões. Um bom chute na canela também funcionava como passaporte para a dignidade. Mas hoje é diferente, eu sei. Os garotos são muito mais fortes, alguns andam até armados. Nesses casos, pedir ajuda é necessário. Mas precisa ter coragem pra pedir ajuda também.

(publicado Ontem por Marcelo Diniz em http://www.webartigos.com)

domingo, 17 de abril de 2011

POLITICAMENTE INCORRETO

Chamaram um jogador de vôlei que se declara gay de bicha. A torcida do Cruzeiro ficou ameaçada por lei a não comparecer aos jogos por sei lá quanto tempo e o clube pode ser multado.

Francamente, eu não concordo. Já pensou se a torcida do Galo não pudesse chamar o juiz de fdp, bandeirinha de vagabunda e, nos áureos tempos, o Raul de Vanderléia? A torcida também faz parte do jogo e é bom que ela se manifeste. Ou será que vamos nos vestir de escoteiros para aplaudir as boas jogadas sentadinhos, comportadinhos, sem mais nada?

Confesso que essa onda do politicamente correto está me incomodando bastante. Amparada por leis, então, é uma grande ameaça.

domingo, 10 de abril de 2011

CUIDADO COM A DITADURA DO BEM

Ela nasce com a melhor das intenções, defendida por pessoas "do bem", mas na realidade esconde a intolerância com as diferenças. Hitler e Stalin se valeram disso para praticar genocídios. O islamismo quer determinar a melhor forma de agir entre seus fiéis, detalhando como deve ser o seu dia a dia, um pastor americano queima o Alcorão alegando que o livro defende a matança por diferença de idéias e por aí vai...

Coisas menores estão acontecendo a toda hora: querem censurar jornalistas e publicitários, querem limitar nosso direito de escolha, querem nos impor uma série de palavras e atitudes "politicamente corretas". No fundo, no fundo, o que está em jogo é a nossa liberdade.

Só para dar um exemplo: aqui em casa nós adotamos dois filhos pretos. Será que a minha mulher não vai mais poder chamar o Rodrigo de "meu crioulo" na frente dos outros? Vai ter que chamar de "meu afro descendente"?

Sugiro a leitura de 2 artigos meus sobre o assunto:
http://marcelocpdiniz.blog.uol.com.br/

Depois vou escrever mais. O politicamente incorreto vem aí. E não pensem que eu penso assim porque sou bipolar. Sou bipolar por hereditariedade. De diferente, só a coragem de escrever o que penso.

Boa reflexão.

domingo, 3 de abril de 2011

"A INVEJA É UMA MERDA"

A gente já leu essa porcaria numa porção de adesivos de automóveis, parece coisa de gente pobre, porque os carros geralmente estão em petição de miséria, mas o certo é que é difícil aprender a lição.

Eu uso o Michaelis 2000. “Inveja, do latim invidia. 1. Desgosto, ódio ou pesar por prosperidade ou alegria de outrem. 2. Desejo de possuir ou gozar algum bem que outro possui ou desfruta.”

Faz o seguinte: vai ali, reza 100 padre-nossos e 100 ave-marias. No milho, no milho!