Na boa, como eu invejo o Chico Buarque, meu Deus! Talvez o termo certo não seja inveja, seja admiração. Confesso que inveja nunca foi um dos meus pecados – só a que sinto pelo Chico. É um misto de admiração e inveja, vai.
O filha da mãe nasce em família rica, com sobrenome de rara importância, respirando cultura por todos os lados. Convive com todo mundo que interessa conviver, desenvolve múltiplos talentos, tem a sensibilidade à flor da pele, penetra em todos os recônditos da alma feminina, é admirado por onde passa, dizem até que “todos os homens são cornos do Chico Buarque”.
Vai daí que eu faço uma viagem para conhecer Paris. E fico encantado com o Marais, onde morou Victor Hugo. Sabe quem me disseram que tem um apartamento no Marais? O Chico Buarque de Holanda! Precisava?
E ele extrapola. Agora o sexagenário arranja uma garota de 31 anos, lindíssima, artista como ele, para lhe chamar de Francisco e cantar a “História do Fogo”.
“Esse amor me derreteu
Ajoelha-te esquece
Me chupa e agradece.”
Só me restou uma compensação: eu também tenho cabelos (alguns) de prata e olhos azuis.
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